Passava
o longínquo ano de 1997 e já o guru da gestão, Tom Peters escrevia que antes de
olharmos para os mercados emergentes, como forma de se solucionar os desafios
das grandes empresas, como índia e China devíamos olhar, com mais atenção, para
o segmento de mercado constituído pelas mulheres. Segundo
Tom Peters trata-se da ”oportunidade número um do futuro previsível”.
As mulheres não apenas compram
mais que os homens como decidem mais e influenciam mais que os homens.
A mulher vê, ouve, adquire e usa a linguagem de maneira diferente da do
homem. Ela tende a demorar mais tempo para tomar a decisão de compra, pois alia
aspectos psicológicos e emocionais, normalmente ausentes junto dos homens. São
mais exigentes, tendem a comparar mais, seja a qualidade ou o preço e
preocupam-se mais com os pormenores de uso e características do produto.
Além disso, são mais impulsivas e tendem a comprar mais do que, inicialmente,
tinham planeado.
Isso significa que é necessário aprofundar
os estudos tendo em vista descobrir como essas diferenças se manifestam no
momento da compra de forma a orientar o marketing para as elas.
Nos anos 60 o marketing apresentava as mulheres no papel de donas de casa,
as responsáveis pela organização do lar e dos cuidados com a família.
Nas décadas de 70 e 80, a mulher já era vista com uma pessoa dividida entre
a casa e o trabalho, mas vivendo esse dilema cheio de culpa, por ainda não ser
totalmente aceite pela sociedade em geral.
Somente nos anos 90 é que a mulher começou a ser vista em igualdade de
condições com os homens e só aí é que se começou a analisar o seu potencial e a
preparar acções diferenciadas para o público feminino porque se apercebeu da
importância de segmentar a sua comunicação. Elas tornaram-se mais
independentes, passando a comprar bens que antes eram considerados de
“responsabilidade” masculina, como por exemplo, imóveis, automóveis, viagem de
férias entre outros.
Mas como comunicar com a mulher
de hoje, que tem novos interesses e necessidades?
Simplisticamente, a comunicação
deverá seguir a fórmula das antigas mercearias onde o dono conhecia os seus
fregueses individualmente, sabia do que gostavam, separava os produtos,
facilitava o pagamento e até se oferecia para entregar em casa.
Não se trata de feminizar a sua
marca nem de criar uma outra marca somente direcionada para as mulheres. Trate
de saber o que elas pretendem e o seu porquê e depois supere consistentemente o
que elas esperam do seu produto.
Como em qualquer área de negócio
o que se pretende é conquistar e fidelizar clientes. Por isso, fica a sugestão,
conquiste as mulheres (…no bom sentido, claro!) e terá grandes possibilidades
de acompanhar com sucesso o grande mercado do futuro, que já é no presente.Eis um bom exemplo pela Volvo com o projecto YCC, Your Concept Car em:Your concept car by Volvo
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