Sunday, November 18, 2012

Gaffes em marketing

Como em tudo nas nossas vida, para se promover um produto há que estar muito bem informado e haver bom senso, mas algumas campanhas publicitárias tornam-se inesquecíveis - não pela sua eficácia - mas pela absoluta falta de bom senso que demonstram. Uma campanha assim não só deixa de atrair negócios como origina clientes ofendidos, ou seja, pode até mesmo acabar de vez com um produto.
Existem inúmeros erros que podem surgir, quer porque fomos incoerentes (BP), quer por não termos dado a devida atenção ao marketing geracional (Levi`s), quer por não termos testado devidamente o nosso produto (LifeLock) ou quer, simplesmente, por termos feita mal uma tradução (GM).
Eis então alguns exemplos: em Abril de 2010 houve um grande derramamento de petróleo no Golfo do México cuja responsabilidade foi da empresa BP. Para tentar mostrar à população que a BP estava muito preocupada e a fazer tudo, esta emitiu um spot publicitário onde o seu CEO aparecia a prometer isso mesmo, só que na véspera do filme ser exibido este mesmo CEO aparecia a dizer que estava desejando ter a sua vida normal de volta. Bem, até o próprio Presidente Barack Obama sugeriu que a BP poderia ter investido melhor o seu dinheiro nas limpezas em vez de fazer publicidade desta.
Durante décadas, a Levi`s foi a marca de jeans preferencial para os baby boomers (nascidos em 1946 a 1964). Confortáveis ​​com a sua quota de Mercado – era líder - a Levi `s tornou-se complacente. Na década de 1990, no entanto, os baby boomers já não eram responsáveis pela ​​maior fatia das vendas de jeans no mercado, e as novas  gerações X e Y viam Levis como os "jeans dos seus pais," o que era algo pouco desejável para quem quer estar sempre moda. 
A Lifelock é uma empresa de prevenção contra o roubo que anunciava conseguir detector situações fraudulentas de cartões de crédito, entre outros tipos de fraude. No filme de divulgação é o próprio CEO que aparece a dar a cara e em segundo plano é possível ver o seu número de contribuinte - prova da máxima confiança em que ninguém o poderia usar sem ser dectectado. Contudo, um largo número de “ladrões” conseguiu utilizar esta identificação para solicitar empréstimos, com sucesso. 
A marca americana de carros, General Motors Corp 's realizou uma promoção na Bélgica para o seu carro que tinha como slogan um "corpo de Fisher" acabou por ser, na tradução flamenga, "cadáver por Fisher."
Lembre-se que hoje em dia a divulgação , nomeadamente, através das redes sociais, é extremamente rápida e influenciadora por isso muito cuidado antes de colocar qualquer campanha no ar.

Thursday, November 15, 2012

E-news: Sixinch na Biennale Interieur, Bélgica 2012

Imagens do stand da Sixinch ;)




http://www.facebook.com/sixinch.design?fref=ts
http://www.sixinch.be/site/

Tuesday, September 18, 2012

Ordem para gerir

Confesso que tenho especial predileção por tudo o que sejam programas televisivos ou artigos sobre casos de sucesso de portugueses fora de Portugal. Estou particularmente atento porque é sempre bom saber que compatriotas meus são bem sucedidos, e porque tenho curiosidade em saber qual é o segredo do seu sucesso. Gosto de aprender com quem faz bem!

Por isso, num destes dias, estando a colocar a minha leitura em dia saltou-me à vista o título: “Êxitos Nacionais”. Dediquei a minha atenção a este artigo onde se registam várias estórias de portugueses que estão a ser bem sucedidos lá fora.

De todos os diferentes testemunhos retiro duas frases que espelham - quanto a mim – um dos principais motivos porque muitas empresas passam por dificuldades : “O país caminha a diferentes velocidades e uma das razões está na liderança. Temos graves problemas, devia haver formação profissional para esse segmento.” diz o sociólogo Renato do Carmo. Por seu lado, João Bento CEO da EFACEC aponta para o facto de haver “pouca sofisticação e qualificação da gestão.”

Não tenho a menor dúvida de que a falta de formação e qualificação dos “gestores” é uma das maiores causas para o insucesso das empresas. Naturalmente que nesta altura de dificuldades é muito mais fácil, e é até prática corrente, justificar o insucesso com causas externas, de oferta/procura mas quantos negócios/empresas surgiram sem que se fossem feito estudos de viabilidade, sem que se tivesse um plano estratégico e uma visão de médio e longo prazo?! Muitos, com certeza! 

Julgo que, tal como em outras atividades laborais, quem gere uma empresa deve cumprir os requisitos de formação/qualificação para o desempenho da sua função e deverão ser responsabilizados pelos resultados. Quando os projetos correm mal, não só o gestor/empresário pode ficar com dívidas incomportáveis, como ainda - e sobretudo – se deixam colaboradores, fornecedores, clientes e arrendatários em situações muito complicadas e que, afinal, eram muitas vezes evitáveis.