Confesso que tenho
especial predileção por tudo o que sejam programas televisivos ou artigos sobre
casos de sucesso de portugueses fora de Portugal. Estou particularmente atento
porque é sempre bom saber que compatriotas meus são bem sucedidos, e porque tenho
curiosidade em saber qual é o segredo do seu sucesso. Gosto de aprender com
quem faz bem!
Por isso, num
destes dias, estando a colocar a minha leitura em dia saltou-me à vista o
título: “Êxitos Nacionais”. Dediquei a minha atenção a este artigo onde se
registam várias estórias de portugueses que estão a ser bem sucedidos lá fora.
De todos os
diferentes testemunhos retiro duas frases que espelham - quanto a mim – um dos
principais motivos porque muitas empresas passam por dificuldades : “O país
caminha a diferentes velocidades e uma das razões está na liderança. Temos
graves problemas, devia haver formação profissional para esse segmento.” diz o
sociólogo Renato do Carmo. Por seu lado, João Bento CEO da EFACEC aponta para o
facto de haver “pouca sofisticação e qualificação da gestão.”
Não tenho a menor
dúvida de que a falta de formação e qualificação dos “gestores” é uma das
maiores causas para o insucesso das empresas. Naturalmente que nesta altura de
dificuldades é muito mais fácil, e é até prática corrente, justificar o
insucesso com causas externas, de oferta/procura mas quantos negócios/empresas
surgiram sem que se fossem feito estudos de viabilidade, sem que se tivesse um
plano estratégico e uma visão de médio e longo prazo?! Muitos, com certeza!
Julgo que, tal como em outras atividades laborais, quem gere uma empresa
deve cumprir os requisitos de formação/qualificação para o desempenho da sua
função e deverão ser responsabilizados pelos resultados. Quando os projetos
correm mal, não só o gestor/empresário pode ficar com dívidas incomportáveis,
como ainda - e sobretudo – se deixam colaboradores, fornecedores, clientes e
arrendatários em situações muito complicadas e que, afinal, eram muitas vezes
evitáveis.
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