Thursday, August 07, 2008

A marca Madeira

Depois de me debruçar sobre a questão da importância do branding dos destinos, ocorre desafiar-me a pensar no que deverá a Marca Madeira ter em atenção no sentido de identificar os seus valores e diferenciar-se dos outros destinos do Mundo.

A Madeira é um destino onde sobressaem os seguintes pontos fortes: clima ameno todo o ano, património natural protegido (A Laurissilva representa 2/3 de toda a ilha e existem cerca de 4 reservas naturais quer em terra quer no mar), com um povo e suas tradições e a proximidade geográfica de parte substancial dos mercados emissores.

O posicionamento da Madeira deverá basear-se na harmonia entre a “tradição” (é um
destino turístico com mais de 200 anos) e a “modernidade” (necessária para proporcionar os melhores serviços e conforto aos turistas), integrados num ambiente “natural” (áreas protegidas, parque natural, Floresta Laurissilva). Assim deverá garantir a identificação e a diferenciação do destino Madeira, o que permitirá ao público situar a marca no universo de marcas semelhantes e distingui-la.
Comunicar de uma forma consistente, elegante e eficaz, com ênfase na Natureza, na Cultura, no Clima, na diversidade de produtos e actividades e na Animação.

A Marca Madeira é conhecida e internacionalmente reconhecida pela sua beleza natural, vegetação exuberante, relevo montanhoso, clima temperado e hospitalidade da sua população. Dadas as suas características físicas, o Arquipélago da Madeira é também um local de contrastes: mar e montanhas, campo e praia, águas transparentes e flores coloridas…

Explorar o facto desta ser uma ilha do Atlântico mas “fora” da Europa (estamos mais próximo de África do que da Europa), semi-tropical (sem a humidade dos destinos tropicais) com clima moderado, seguro, limpo, agradável e muito perto do centro da Europa.

A Madeira deve construir a sua marca como sendo um destino do Atlântico “fora” da Europa associando a humidade, os cheiros, a natureza (serra e mar), o povo acolhedor, as tradições locais e os eventos ao mesmo tempo que promove o relaxamento e a descoberta de curiosidades intrigantes.

Mas para que tudo isto seja reconhecido, forte e sustentável no longo prazo é necessário continuar a preservar o ambiente e o património cultural através de uma mensagem (com acções) clara e convicta quer aos olhos dos locais quer dos turistas.

Para finalizar, deixo no ar algumas ideias para promover a nossa ilha em exposições, feiras e afins.

Imagino as acções em feiras e workshops, com a reconstituição de uma levada onde corre água, onde se ouviria o som que se ouve nas nossas serras e sentiríamos o cheiro das nossas plantas (com a colocação do musgo e algumas plantas típicas da nossa Laurissilva), ou seja, através de marketing experiencial usando o sensorial, luz, som e cheiro.

Porque não oferecer numa embalagem amiga do ambiente um pouco do ar que se respira na Laurissilva, com o silêncio único…a cor e a luz, só ao vivo!

Além disso, já repararam que o formato da própria ilha da Madeira se assemelha com o formato de um peixe? Poderia ser feita uma aproximação entre essa forma e a riqueza e diversidade da nossa fauna marítima.

1 comment:

Anonymous said...

E porque não atingir um traget mais jovem... um target que gosta de aventura mas também de diversão.
Tive no Funchal em Junho, e achei que a oferta nocturna é muito boa... não só pela proximidade dos vários locais como pela diversidade dos mesmos, o que permite novas experiências... Poncha, Nikita... no Continente poucos devem saber o que é. E ver o amanhã pela janela do Marginal... ou então ir até à Serra!!! o Destino Madeira também tem de se rejuvenescer. As low cost podem dar uma ajudinha!!!
Enfim, adorei os dias passados aí: Pouco mas bons