Wednesday, July 23, 2008

Branding dos destinos

Enquanto o branding tem sido aplicado a produtos de consumo há décadas, o conceito estratégico de aplicar o branding a países, cidades e regiões, na realidade apareceu apenas durante meados dos anos 90, de modo a ajudá-los a competir mais eficazmente, num ambiente de marketing cada vez mais competitivo.

Nesta era de super-marcas, pode parecer como estranha a noção de considerar uma cidade, estado, região ou país como uma marca. Nós compramos marcas porque gostamos delas, e elas tornam mais fáceis as nossas escolhas.

“Uma marca tem de parecer um amigo.” Howard Schultz (Starbucks)

Destinos de todas as dimensões dão por si a competir ferozmente por mais visitantes, por mais investimentos. Os potenciais clientes têm hoje em dia um leque alargado de lugares com mensagens tentadoras, passíveis de escolha.

Desde a Nova Zelândia até ao Canadá, países de todo o globo estão a capitalizar o poder da marca para promover os valores indígenas dos seus respectivos patrimónios, culturas, economias, ambientes, etnias e histórias.

Determinar uma identidade nacional genuína, no entanto, não é um processo simples.

Os países e as cidades estão a aumentar a sofisticação da sua oferta, competindo em todo o ciclo do turista (notoriedade, motivações, acessibilidade, experiência local) para atrair e fidelizar cada vez mais visitantes. Observa-se um esforço dos vários destinos na realização de eventos mediáticos, no sentido de aumentar os níveis de notoriedade.

Este aumento da concorrência faz com que seja importante para os lugares, independentemente da sua dimensão ou composição, diferenciar-se claramente e comunicar aspectos que são relevantes e valorizados. Ao invés da simples publicidade, este esforço centrado na marca deve transmitir uma experiência excepcional, memorável e emocional.

Noutras palavras, uma marca de uma cidade, país ou destino turístico não pode ser apenas um logo, mas deve consolidar as características essenciais da identidade individual num núcleo que é a marca. Como parte do processo holístico, a criação de uma marca é a soma dos conjuntos sociais, económicas e culturais, que pode fortalecer ou corrigir percepções de quem é de fora, numa perspectiva de longo prazo e consistente.

O branding de um destino é um domínio da teoria e da prática que visa medir, construir e gerir a reputação desse destino.

As marcas com maior notoriedade e empatia entre os consumidores são as que agregam os atributos de qualidade, confiança além de uma forte imagem e poderão ser essas a se destacar no momento da escolha.
O grande desafio está então em definirmos porque parâmetros queremos ser conhecidos como destino, como podemos sobressair na “multidão” e, naturalmente, que pensamentos e sentimentos queremos provocar, quando as pessoas são expostas ao nosso nome.

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