Monday, June 18, 2012

A socialização dos "Likes"


Há oito anos trás um título como este iria parecer ainda mais estranho do que parece agora. Isto demonstra, por si só, a velocidade exponencial com que se criam novos hábitos, quer de socialização como de consumo e de publicidade.
Hoje em dia socializamos através das redes sociais, consumimos – de uma forma geral – muito mais, e estamos perante novas formas de publicidade. Por exemplo, através da colocação nas embalagens, o código QR (quick response) que por ser a duas dimensões (parece um código de barras mas em matriz) permite passar para o seu telemóvel muito mais informação sobre o produto mas através de um sms, um mms ou um link, entre outras formas.
Outro hábito que se popularizou, devido à massificação do Facebook, foi a selecção da opção “Like” num qualquer produto publicitado, que serve para demonstrar publicamente que gostamos ou que eventualmente pretendemos adquirir esse produto/serviço. Contudo esta opção foi tão banalizada que hoje em dia persistem demasiadas dúvidas sobre a verdadeira veracidade do que esta informação possa passar em termos de intenção de compra.
Segundo o estudo de mercado da Nielsen, Global Trust in Advertising 2012, cerca de 92% dos 28 mil inquiridos em 56 diferentes países, diz que confia mais nas campanhas publicitárias que tenham sido recomendadas por amigos ou familiares, ou pelo boca-a-boca. Em segundo lugar, com 70%, são mais credíveis as campanhas que forem suportadas por comentários positivos e credíveis na internet.
Isto quer dizer que apesar de existirem novos meios de divulgação e promoção, a credibilidade e sucesso das campanhas publicitárias junto do consumidor continua a ser suportada pelas máximas de sempre, como é o boca-a-boca e a recomendação.
Se porventura esta recomendação for realizada numa rede social, estaremos perante o denominado “social commerce” que, sem dúvida, deverá ser tido em atenção na preparação e avaliação de uma qualquer campanha.