Eu nunca estive no hotel Fairmont na Florida mas tenho certeza que gostaria de lá ficar. Porquê? Porque a Porsche dos Estados Unidos permite, a convidados seleccionados, usar os seus carros com quilometragem ilimitada durante a sua estada. Assim o cliente acaba por experimentar o produto antes de comprar. Não basta olhar, nem sentir, mas experimentar. O conceito é chamado de tryvertising.
Quando se recebe um pequeno tubo de pasta dentífrica de uma determinada marca no nosso kit de voo ou se come um gelado de uma determinada marca, posso assegurar que essas marcas não estão lá por mero acaso. Eles são o resultado mais provável de um "tryvertising”, negociado entre a companhia área e o fabricante.
É prática cada vez mais comum envolver empresas, dando produtos de oferta para hotéis, companhias aéreas ou cruzeiros, de modo que os convidados possam testá-los. É uma situação em que todos ganham: os hotéis/companhias aéreas/cruzeiros reduzem despesas e custos; os fabricantes cativam o mercado e os consumidores ficam satisfeitos.
O Tryvertising procura formas de familiarizar o consumidor com as novidades do mercado através da sua utilização, integrando os novos produtos/serviços no seu dia-a-dia de forma estimulante e diferenciada. É uma maneira de levar o consumidor a experimentar sem se sentir pressionado.
É definido como uma nova geração do “product placement" que deixa os consumidores comporem, eles próprios, as suas mentes, com base nas suas experiências.
Disponibilizar amostras de um produto a um público - alvo não é nada de novo. O que é inovador no tryvertising é que ele encontra uma maneira de fazê-lo no período crítico, quando o produto é "relevante" para os consumidores - quando eles estão cansados, com fome, e assim por diante.
É uma mistura de "experimentar" e de "publicidade" mas, sobretudo, é aproveitar a primazia da importância da experimentação sobre a mensagem.
Já existem alguns exemplos, como sejam as bebidas e os gelados nos aviões, mas deixo-vos outros exemplos.
Embora tryvertising tenha começado com champô, têm surgido exemplos com outros produtos de maior valor.
A Sony tem, cada quarto dos hotéis Brighton's Pelirocco, equipado com uma PlayStation. Esta mesma marca, a Sony, em parceria com o Zoo de Londres e durante 11 dias em Junho, cedeu a título gratuito a oportunidade dos visitantes andarem com gravadores de DVD portáteis para que pudessem gravar a sua visita.
Após uma breve demonstração, os visitantes podiam utilizar a câmara durante uma hora para gravar a sua visita e, posteriormente, podiam manter os seus DVD. Além de ficarem com as suas imagens gravadas, estão a testar o próprio produto, tendo-se aproveitado para explicar em detalhe as características do mesmo.
A Brand Connections, que cria estas ofertas, explica aos clientes: "O seu público-alvo é saudado com o produto logo no primeiro dia de férias, fora do seu ambiente natural, num ambiente relaxado e sem pressas, e terá sete dias para experimentar, sem pressões, o seu produto, formando gradualmente uma opinião e criando uma habituação com a sua marca.”
Em algumas zonas da Europa, a Nike colocou uma carrinha com cerca de 1.000 pares de sapatilhas junto das zonas onde se pratica jogging, oferecendo a quem por lá passa a possibilidade de utilizar um par novo de sapatilhas Nike durante a sua hora de corrida. Assim, a Nike impõe-se junto do seu público-alvo, permitindo que testem os seus produtos numa altura efectiva de necessidade.
A marca de electrodomésticos americana, Maytag, decidiu colocar alguns dos seus electrodomésticos de cozinha em locais onde o próprio consumidor possa cozinhar e assim testar os produtos Maytag. As vendas dispararam.
Com a tendência de crescimento do tryvertising, é de esperar ver mais marcas a utilizar este modelo de comercialização, possibilitando a experimentação de qualquer produto antes do consumidor se comprometer a comprar.
Quando se recebe um pequeno tubo de pasta dentífrica de uma determinada marca no nosso kit de voo ou se come um gelado de uma determinada marca, posso assegurar que essas marcas não estão lá por mero acaso. Eles são o resultado mais provável de um "tryvertising”, negociado entre a companhia área e o fabricante.
É prática cada vez mais comum envolver empresas, dando produtos de oferta para hotéis, companhias aéreas ou cruzeiros, de modo que os convidados possam testá-los. É uma situação em que todos ganham: os hotéis/companhias aéreas/cruzeiros reduzem despesas e custos; os fabricantes cativam o mercado e os consumidores ficam satisfeitos.
O Tryvertising procura formas de familiarizar o consumidor com as novidades do mercado através da sua utilização, integrando os novos produtos/serviços no seu dia-a-dia de forma estimulante e diferenciada. É uma maneira de levar o consumidor a experimentar sem se sentir pressionado.
É definido como uma nova geração do “product placement" que deixa os consumidores comporem, eles próprios, as suas mentes, com base nas suas experiências.
Disponibilizar amostras de um produto a um público - alvo não é nada de novo. O que é inovador no tryvertising é que ele encontra uma maneira de fazê-lo no período crítico, quando o produto é "relevante" para os consumidores - quando eles estão cansados, com fome, e assim por diante.
É uma mistura de "experimentar" e de "publicidade" mas, sobretudo, é aproveitar a primazia da importância da experimentação sobre a mensagem.
Já existem alguns exemplos, como sejam as bebidas e os gelados nos aviões, mas deixo-vos outros exemplos.
Embora tryvertising tenha começado com champô, têm surgido exemplos com outros produtos de maior valor.
A Sony tem, cada quarto dos hotéis Brighton's Pelirocco, equipado com uma PlayStation. Esta mesma marca, a Sony, em parceria com o Zoo de Londres e durante 11 dias em Junho, cedeu a título gratuito a oportunidade dos visitantes andarem com gravadores de DVD portáteis para que pudessem gravar a sua visita.
Após uma breve demonstração, os visitantes podiam utilizar a câmara durante uma hora para gravar a sua visita e, posteriormente, podiam manter os seus DVD. Além de ficarem com as suas imagens gravadas, estão a testar o próprio produto, tendo-se aproveitado para explicar em detalhe as características do mesmo.
A Brand Connections, que cria estas ofertas, explica aos clientes: "O seu público-alvo é saudado com o produto logo no primeiro dia de férias, fora do seu ambiente natural, num ambiente relaxado e sem pressas, e terá sete dias para experimentar, sem pressões, o seu produto, formando gradualmente uma opinião e criando uma habituação com a sua marca.”
Em algumas zonas da Europa, a Nike colocou uma carrinha com cerca de 1.000 pares de sapatilhas junto das zonas onde se pratica jogging, oferecendo a quem por lá passa a possibilidade de utilizar um par novo de sapatilhas Nike durante a sua hora de corrida. Assim, a Nike impõe-se junto do seu público-alvo, permitindo que testem os seus produtos numa altura efectiva de necessidade.
A marca de electrodomésticos americana, Maytag, decidiu colocar alguns dos seus electrodomésticos de cozinha em locais onde o próprio consumidor possa cozinhar e assim testar os produtos Maytag. As vendas dispararam.
Com a tendência de crescimento do tryvertising, é de esperar ver mais marcas a utilizar este modelo de comercialização, possibilitando a experimentação de qualquer produto antes do consumidor se comprometer a comprar.
5 comments:
Interessante!
Plenamente de acordo com este meio de publicidade, falando como consumidor. Pode fazer-se mil e uma coisas, levar o consumidor a experimentar sem o pressionar e sem se ser chato.
Com certeza o consumidor mais rapidamente se irá lembrar de ter andado de Porsche "à descrição" , por ter ficado num determinado hotel, irá valorizar uma bebida de outra forma que lhe é oferecido, por exmplo numa qualquer exposição, do que se tivesse recebido uma brochura, visse um anúncio outdoor( não digo que não sejam necessários também estes meios, pois tudo se interliga e completa) e por aí fora.
Já não falamos de simples "amostras" como o caro Duarte tão bem menciona. O tryvertising levou esse conceito de "amostra" a um nível muito mais elevado e elaborado.
No entanto e enquanto agência... Bolas!!! Se dá trabalho! :D
Parabéns pelo artigo.
O Tryvertising não implicará um re-planeamento das Promoções de Vendas ou servirá para as substituir de todo?
Caro Eduardo
Não me querendo intrometer no tão bem feito artigo do Duarte, respondo.lhe da seguinte forma:
A Promoção de Vendas nunca poderá ser substituida pelo Tryvertising. São campos promocionais, digamos, opostos. Por regra na promoção de vendas existe um conceito mais ou menos implementado de "vender oferecendo algo" ,ie, campanhas várias, como por ex. "Compre dois pague um" ou "Campanha de aniversário", "Traga e um amigo e receba gratuito x". Isto são promoções de venda, em que o cliente pretende de alguma forma escoar um produto em que o stock é superior ao esperado, ou as vendas de determinado produto não estão a ter o objectivo pretendido... O que noto é que por norma este tipo de promoção tem "manchas visuais" muito grandes e isso torna-se incómodo para o cliente (aqui estaria já a entrar noutro campo.)
Já o tryvertising pretende demonstrar os produtos, sejam eles artigos já no mercado ou novos lançamentos, em que a participação e experimentação do cliente é o objectivo principal. Digamos que é uma forma mais "charmosa" de publicitar o produto. Obviamente o objectivo é a venda, mas falamos de uma forma mais "ligeira" de captar a atenção do potencial cliente, sem que ele se sinta incomodado pela abordagem..
Mas esta é apenas a minha opinião.
SD
Obrigado pelo esclarecimento.
A ideia que fiquei com este excelente artigo foi mesmo essa por si referida, mas fiquei na dúvida se havia implicação nas promoções de vendas.
Desculpem a minha ignorância...
A minha pergunta surgiu porque sendo o Tryvertising(na minha opinião) uma abordagem aos consumidores "quase perfeita" pois leva à experimentação sem qualquer tipo de compromisso, possivelmente em alguns tipos de produtos poderá ser considerada dispensável a promoção de vendas usada anteriormente.
Mais uma vez obrigado pela vossa atenção, é que como estudante é muito importante ler as opiniões de quem está no "campo de batalha"
Cumprimentos
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